'Democracia em Vertigem' enfrentará filmes sobre desemprego e guerra

O documentário brasileiro vai disputar o Oscar com produções vencedoras de festivais internacionais e que receberam elogios da crítica

iG Minas Gerais | Folhapress |

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Não será fácil a disputa para o documentário "Democracia em Vertigem" no Oscar. Os outros quatro concorrentes da produção brasileira da Netflix despontam como filmes cravados já de premiações em festivais ao redor do mundo e elogios da crítica nos Estados Unidos e na Europa.

A repercussão de "American Factory" nos Estados Unidos ganhou terreno com o registro das atividades de americanos em uma fábrica de vidros para automóveis em Ohio. É um forte candidato.

A empresa foi criada sob a administração de chineses. O que se mostra é o contraste da cultura americana com a disciplina militarizada de trabalho da China.

Também da Netflix, o documentário coloca o espectador diante dos índices de desemprego que disparam com a crise de 2008. Foi bem avaliado por diversas publicações mesmo na Europa - o jornal "The Guardian" classificou o filme com quatro de cinco estrelas.

"American Factory" ganhou dois Critic Choice e também foi citado em lista de melhores filmes do ano pelo jornal The New York Times.

"Honeyland", produzido na Macedônia do Norte, estreou em Sundance, onde ganhou três prêmios, incluindo o de melhor documentário internacional, e também está na lista de melhores filmes do ano passado do jornal The New York Times.

Por fim, há dois trabalhos fortes por suas proposições temáticas relacionadas à guerra na Siria. "The Cave" é um deles. Faz o retrato do trabalho de uma médica em situações bastante adversas em Ghouta, cidade que por sofreu por anos com o ataque de bombas durante a guerra da Síria.

É um olhar sobre a precariedade com que pacientes civis, muitos deles ainda crianças, são atendidos em uma rede de túneis subterrâneos. Ganhou o prêmio de júri popular no festival de Toronto.

"For Sama" também nos leva a guerra na Síria, com a a história da Waad al-Kateab, que filmou durante cinco anos sua vida na cidade de Aleppo, após a tomada por rebeldes.

Foi um documentário com carreira premiada principalmente na Europa, tendo conquistado quatro indicações no The British Academy of Film and Television Arts, que divulgará os vencedores em fevereiro.