‘The Crown’ é série de grandes atuações e história comovente

Com Olivia Colman, Helena Bonham-Carter e Tobias Menzies, atração retorna com força para terceira temporada

iG Minas Gerais | Etienne Jacintho |

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A Netflix estreia neste domingo (17) a terceira temporada de “The Crown”, série que acompanha a vida da rainha Elizabeth II, com um salto no tempo e uma mudança no elenco. Dessa vez, a atração aborda acontecimentos passados nas décadas de 60 e 70, com uma rainha ainda mais dura, tendo que lidar com suas próprias inseguranças em silêncio, em nome da Coroa. Para Elizabeth, a família real não pode expressar sentimentos, opiniões nem ter voz. Sua frieza coloca em xeque o afeto de seus familiares, como o príncipe Charles.

O Magazine já viu os episódios da terceira temporada, que está menos novelesca do que as duas primeiras fases. Agora, a produção traz um elenco ainda mais forte. A vencedora do Oscar por “A Favorita”, Olivia Colman, vive a rainha engessada de forma magistral. Porém, ela não está só. O segundo episódio traz um show da dramática Helena Bonham-Carter na pele da princesa Margaret, a irmã da soberana. O capítulo aborda o relacionamento entre as irmãs de temperamentos opostos, enquanto conta sobre a intervenção da princesa em um assunto diplomático entre Inglaterra e Estados Unidos, com o presidente democrata Lyndon Johnson.

Melhores episódios

“Margaretologia” é um dos melhores episódios da temporada, ao lado de “Tywysog Cymru”, que mostra a cerimônia que fez de Charles (Josh O'Connor) o príncipe de Gales. O capítulo aborda as carências de Charles, que nunca teve na rainha uma figura muito maternal. Antes de receber o título, ele vai ao País de Gales aprender a língua e ver de perto as necessidades de uma nação que não se sente parte da Grã-Bretanha. Lá, ele conhece não só outro lado da história de seu reino, mas também do conceito de família, ao ganhar a simpatia de seu mestre, um separatista.

Assim como nos dois primeiros anos, Peter Morgan, o criador da série, usa um fato histórico a cada episódio para invadir a privacidade e desnudar a família real. A atuação de Olivia é destaque no terceiro episódio, “Aberfan”, que começa com a tragédia de 1966, que matou mais de cem crianças depois que os rejeitos de uma mina de carvão gerou um mar de lama e soterrou uma vila.

Em cena, Olivia é maravilhosa em interpretar uma mulher fria, que confessa não conseguir chorar. A rainha reluta em visitar o local do acidente/crime, até que a diplomacia a empurra à cidade de Aberfan. Dizem que não ter ido antes prestar solidariedade às vítimas é um dos maiores arrependimentos carregados por Elizabeth II.

Charles e Camilla

Claro que a série não poderia deixar de lado o assunto favorito dos tablóides ingleses: os amores do príncipe Charles. O oitavo capítulo, “Na Corda Bamba”, traça um paralelo entre Charles e seu tio-avô Edward, o duque de Windsor (Derek Jacobi), que abdicou da Coroa para se casar com Wallis Simpson (Geraldine Chaplin). O episódio traz o duque à beira da morte e Charles conhecendo Camilla Shand (Emerald Fennell), hoje sua mulher, e o rival Andrew Parker Bowles, que teve um caso com a princesa Anne, irmã de Charles, antes de se casar com Camilla.