Taylor Swift diz que é proibida de cantar suas músicas antigas
No Twitter, cantora fez um desabafo sobre a polêmica envolvendo os direitos autorais das músicas de seus seis primeiros discos
A cantora Taylor Swift, 29, usou seu perfil no Twitter para fazer um desabafo sobre a polêmica envolvendo os direitos autorais das músicas de seus seis primeiros discos.
Através de um texto, ela explicou que os empresários Scooter Braun e Scott Borchetta a proibiram de cantar alguns de seus grandes sucessos em apresentações gravadas, como o American Music Awards (AMA), que acontece no próximo dia 24, no qual ela será homenageada.
Além disso, os dois empresários estariam proibindo a Netflix de usar as músicas antigas da cantora em um documentário que está sendo produzido sobre a carreira dela, uma vez que eles não seriam citados na produção.
No desabafo público, Swift diz ter a impressão de que deve ser "uma boa menina e calar a boca, ou será punida", e que não pode mais falar sobre os dois empresários. Segundo ela, a proibição das músicas tem vigor até novembro de 2020 - após a data, ela passa a ter direito sobre elas.
A cantora pede no texto, ainda, que seus fãs façam pressão para que ela possa cantar suas músicas antigas nas apresentações de TV. "Nenhum desses homens teve participação na composição dessas músicas", acrescenta, se referindo a Braun e Borchetta. Atualmente, Demi Lovato e Ariana Grande fazem parte do catálogo de artistas dos dois empresários.
Entenda o caso
Em julho deste ano, Swift usou as redes sociais para publicar uma carta aberta ao empresário Scooter Braun, que acabara de comprar a Big Machine Records, gravadora que detém a maioria das gravações da cantora.
A venda, segundo a revista norte-americana Variety, não teria sido informada à artista, que já tem um histórico de problemas com Braun –na carta publicada, ela diz que teria vivido anos de "bullying e controle obsessivo" sobre a sua carreira, e que por isso está "triste e atordoada" com a novidade.
"Por vários anos eu pedi e implorei por uma chance de ser dona do meu próprio trabalho. Ao invés disso, eu tive a oportunidade de renovar com a Big Machine Records e 'ganhar' um álbum de volta de cada vez, um para cada novo que eu entregasse. Eu fui embora porque sabia que uma vez que assinasse esse contrato, Scott Borchetta venderia a gravadora, vendendo assim a mim mesma e o meu futuro", escreveu na carta, publicada em sua conta na rede social Tumblr.
"Tive que fazer a escolha excruciante de deixar para trás o meu passado, canções que escrevi no chão do meu quarto e vídeos que sonhei e paguei com o dinheiro que ganhei tocando em bares, depois em clubes, depois em arenas e depois em estádios", continua.
Sobre a compra da gravadora, ela diz que, quando soube, "tudo o que eu conseguia pensar era no incessante e manipulador bullying que sofri em suas mãos por anos".
Swift disse que o nome do rapaz, para ela sempre era associado a algo ruim e motivo de choro. "É o que acontece quando você assina um contrato aos quinze anos com alguém para quem o termo 'lealdade' é claramente apenas um conceito contratual. E quando esse homem diz que 'a música tem valor', ele quer dizer que seu valor é devido a homens que não participaram da criação."
Sabendo da repercussão, famosos começaram a tomar partido na briga, especialmente para o lado de Swift. A imprensa norte-americana noticiou que Miley Cyrus, Britney Spears, Nicki Minaj, Rihanna, Katy Perry e Billie Eilish deixaram de seguir Braun nas redes sociais; já outros, como Iggy Azalea, se manifestaram com mensagens de apoio a Swift. A cantora também acusou Braun de incentivar atitudes de Kanye West, Kim Kardashian e de Justin Bieber contra ela.
Don’t know what else to do pic.twitter.com/1uBrXwviTS
— Taylor Swift (@taylorswift13) 14 de novembro de 2019