Banda NX Zero se apresenta pela última vez em Minas neste sábado

A primeira década dos anos 2000 representou um período fértil para bandas que levavam, no Brasil, o pop rock a um encontro com o emocore. Naquele período, o NX Zero virou febre entre os jovens e se tornou um dos principais representantes daquela cena musical. Após seis discos de estúdio, o grupo paulista anunciou a turnê “Saidera”, que representa uma pausa nas atividades da banda por tempo indeterminado. E Belo Horizonte não fica de fora da despedida. O guitarrista Fi Ricardo prevê um misto de nostalgia, emoção e alegria na apresentação deste sábado (16), às 21h, no Music Hall. E para o fim desse ciclo, o NX Zero promete um show recheado de sucessos, surpresas e “lados B”. “Fazia um tempão que queríamos ir para Belo Horizonte. Recebemos várias mensagens dos fãs daí nas redes sociais, o que nos deixou bastante felizes. Tocaremos músicas antigas, como temos feito nessa turnê, e colocando algumas surpresas, naquele espírito de saideira mesmo. Não dá para dizer quais serão as surpresas senão perde a graça (risos). Mas haverá músicas de todos os discos”, afirma o guitarrista. “Saidera” é uma continuação do giro de promoção do último álbum de estúdio do NX Zero, “Norte”, lançado em 2015 e que rendeu ainda, neste ano, o DVD “Norte Ao Vivo”. A mudança de nome da turnê se deu em função do anúncio da pausa que a banda fará a partir de 2018. Hiato. A separação do conjunto, segundo Ricardo, acontecerá sem qualquer tipo de rusga. “Todo mundo da banda está bem-resolvido quanto a isso, foi bem conversado. Está tudo numa boa. Cada um vai tocar sua vida pessoal e seus projetos. No NX Zero, todos têm que estar 100% disponíveis, não dá para empurrar com a barriga. Às vezes, alguns precisam de um pouco mais de tempo na vida social”, destacou. O sentimento de dever cumprido está instaurado em Ricardo, que acredita que ele e o restante do grupo – Di Ferrero (vocal), Gee Rocha (baixo e guitarra), Caco Grandino (baixo) e Daniel Weksler (bateria) – tiveram um papel importante nas vidas de muitas pessoas. “A gente tem uma história há muito tempo nas trajetórias de vida de muitos fãs. Tem muita gente que cresceu com a gente. No início, essas pessoas tinham 14 ou 15 anos. E agora elas trabalham. Então estivemos presentes no crescimento delas, e isso é uma realização para nós da banda. Fica sim o sentimento de dever cumprido. Temos uma obra que, independentemente da banda estar na atividade ou não, se estabeleceu na vida dessas pessoas”, afirmou. Depois de Belo Horizonte, o NX Zero fará dois shows no dia 20 em São Paulo, ambos no Hangar 110, casa de espetáculos que encerrará suas atividades também no fim deste ano. “Sempre fomos para Minas Gerais, desde a época mais independente, em que ficávamos na casa de amigos e íamos de van. O publico mineiro acompanha a gente desde o começo. Estivemos em grandes festivais, inclusive tocando no Mineirão, depois do reconhecimento que tivemos por parte da mídia. Temos um público que nos acompanha desde o primeiro disco – ‘Diálogo’ (2004) –, e pessoas que se tornaram fãs no decorrer da nossa trajetória. Então há admiradores de várias fases do grupo. Além disso, fico feliz em tocar em BH, que é terra de vários ícones como Skank e Jota Quest, que são referências para nós da banda”, relatou Fi Ricardo. Com relação ao período pós-NX Zero, ele se esquivou. “Estamos focados em finalizar essa turnê. No ano que vem cada um vai tocar seus projetos. E aí todo mundo vai ficar sabendo melhor”, finalizou.

O NX Zero possui seis álbuns de estúdio: “Diálogo” (2004); “NX Zero” (2006); “Agora” (2008); “Sete Chaves” (2009); “Em Comum” (2012); “Norte” (2015); além de vários discos ao vivo.

Agenda

O quê. Despedida do NX Zero Quando. Neste sábado (16), às 21h Onde. Music Hall (av. do Contorno, 3239, Santa Efigênia) Quanto. De R$ 45 a R$ 80