Constance terá 220 lojas de bolsas e sapatos neste ano
Há 17 anos no mercado, a Constance, com sede em Belo Horizonte, tem 185 lojas físicas no Brasil que vendem bolsas e sapatos, sendo 62 delas em Minas Gerais

Quando Cássio Noronha, 56, pediu a um publicitário para fazer uma pesquisa de um nome para sua nova empresa e foi-lhe apresentada a palavra Constance, o empresário gostou muito porque, logo depois, durante uma celebração, ele, que é devoto de Santa Rita de Cássia, ouviu a frase: “Deus que dá a constância e o conforto”. E dá-lhe constância! Há 17 anos no mercado, a Constance, com sede em Belo Horizonte, tem 185 lojas físicas no Brasil que vendem bolsas e sapatos, sendo 62 delas em Minas Gerais. “O planejamento estratégico é fechar o ano de 2021 com 220 lojas com aberturas nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Minas e Rio de Janeiro. No ano passado, no meio da pandemia, abrimos 32 lojas”, comemora Noronha.
Neste ano, as vendas devem chegar a 4 milhões de unidades entre bolsas e sapatos. E mais; o investimento programado para este ano é de R$ 13 milhões – incluindo abertura de lojas e o centro de distribuição e automação. “Há um investimento no e-commerce. Tem que ser integrado. Quando mistura o físico e o digital, é melhor. Se ficar só no físico, está fadado a morrer, e só no digital tem que ter investimento alto em marketing”, explica.
Por isso, a estratégia da Constance é que o cliente possa comprar no e-commerce, buscar na loja, se quiser, e fazer a troca. “Trabalhamos no modelo just-in-time, tem que ser rápido. Por isso o investimento na automação”, e acrescenta: “Quem vence o jogo não é o mais sábio ou quem tem mais dinheiro; quem é mais rápido na entrega, na decisão, na reposição, no atendimento ao cliente vence o jogo”, ensina Noronha. Franquias e multimarcas. O CEO da Constance explica que, das 185 lojas, 32 são próprias, e o restante é franquia. O investimento na franquia da Constance é a partir de R$ 250 mil até R$ 600 mil, sem contar os custos mensais. “Não é só ter condição financeira (para abrir a franquia), mas ter o perfil da gente”, explica.
A estruturação do suporte da marca passa também pela abertura de centros de distribuição avançados, os CDAs. “Temos tem um centro de distribuição na Serra, no Espírito Santo, há dois anos. Estamos abrindo um CDA em Salvador em julho, e, em agosto, outro em João Pessoa, na Paraíba. Eles têm a função de atender mais rápido o e-commerce e lojas do Nordeste, coisa que hoje leva 12 dias se sair do Espírito Santo. Estando lá, a gente entrega em 24 horas”, diz.
O canal multimarcas também é outra frente que tem a atenção de Noronha para poder vender para lojas em cidades que não têm a franquia da Constance. “Começa em agosto, e esperamos que no ano que vem o canal represente 20% das vendas”, calcula Noronha.
Apesar da pandemia, o CEO da Constance, Cássio Noronha, prevê que o faturamento neste ano deva ser de R$ 400 milhões com as vendas. “A pandemia sobre a venda, o faturamento e o fluxo financeiro foi difícil para todo mundo, mas, em termos de processo, canais de venda, via delivery, WhatsApp, lives, Omnichannel, canal multimarcas, forçou a gente a abrir novos canais que vão ficar, e isso foi excepcional”, conta.
Com cerca de 1.300 a 1.400 empregos diretos, a produção da Constance tem mais de cem fábricas terceirizadas de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Nordeste. Por coleção, a Constance tem em torno de 500 modelos e cores de sapato e 200 de bolsas.
Empresa familiar
Antes de montar o próprio negócio, a Constance, Cássio Noronha vem do ramo de móveis, na Prima Linea, onde trabalhou por 20 anos com o pai, Eduardo Noronha, que foi presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH).
Cássio explica que o trabalho da marca está amparado no espírito inovador, seja na distribuição, em software ou no processo. "A gente não tem medo de errar, estamos sempre tentando fazer melhor, arriscando. Temos uma equipe de primeira linha e engajada", avalia Noronha.
“No ano que vem vamos abrir mais 80 lojas, será o mais ousado da nossa história, o foco é na expansão da loja. O mercado se abre quando tem crise, alguns se cansam, fecham lojas, não conseguem vencer, a concorrência fica menor. Se for rápido pode crescer e solidificar a marca", diz Cássio Noronha, CEO da Constance.