Restaurante francês Au Bon Vivant encerra atividades em BH
Muitos bares e restaurantes da capital mineira não conseguiram manter suas atividades e encerraram os serviços definitivamente durante a pandemia; veja a lista
iG Minas Gerais | Da redação |
Reprodução: iG Minas Gerais
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O tradicional restaurante francês Au Bon Vivant, inaugurado em 2013 e localizado no bairro Cruzeiro, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, anunciou, nesta quinta-feira (7), o fim de suas atividades. Esse o segundo estabelecimento que encerrou o funcionamento na capital somente nesta semana. Na terça-feira (5), o bar Jângal também comunicou o fechamento temporário.
Localizado na rua Pium-í, o restaurante era conhecido pela tradicional gastronomia francesa, sem invenções, poucos congelados e receitas feitas na hora. Outro diferencial do local era a carta que vinhos, que o proprietário Phillipe Watel escolhia a dedo, de pequenos produtores de vinícolas que ele faiza questão de conhecer.
"Como a natureza, terminamos um ciclo para entrar num outro. A fruta colhida dá lugar a uma semente. É com muita emoção que anunciamos o fim das atividades do bistrô. Termos desfrutado da companhia de vocês nesses quase oito anos de vida foi uma linda escola, um enorme prazer, uma inesquecível e gratificante aventura", informou os donos no Instagram.
Desde o começo da pandemia, além dos pratos tradicionais de seu cardápio, como o magret de pato, o entrecôte ao molho poivre e o boeuf bourguignon, o restaurante estava com opções de refeições leves no delivery, como sopas, cremes e sanduíches.
"Se o restaurante e o delivery vão parar de existir, o local se transformará, ainda com a chef Silvana, para fazer desabrochar outros sabores numa história bem diferente. Prometemos novidades em breve", encerrou o comunicado.
Depois de ter perdido o emprego em uma companhia de marketing online na França, o parisiense Philippe Watel decidiu apostar suas fichas com a mulher e sócia, a chef belo-horizontina Silvana Watel, abrindo o restaurante no Cruzeiro em 2013. No bistrô, Philippe cuidava da carta de vinhos (com 45 rótulos) enquanto Silvana comandava a cozinha.
Restaurantes fechados
A capital mineira, que no ano passado recebeu o título de Cidade Criativa da Gastronomia pela Unesco e é conhecida também como a capital mundial dos bares, enfrenta uma grave crise justamente nesse setor. Muitos estabelecimentos, inclusive renomados, viram o faturamento cair drasticamente durante a quarentena e encerraram suas atividades. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a estimativa é que um em cada quatro negócios do segmento não reabra mais na cidade após a pandemia.
Recentemente, a Bitaca da Leste, comandada pelo chef Luiz Paulo Mairink, aberto em 2014 no Santa Tereza, foi um dos estabelecimentos que anunciou o seu fechamento. Logo no inicio da pandemia, o local criou uma vaquinha virtual para doar marmitas para famílias carentes e lançou uma campanha de financiamento coletivo para negócios se sustentarem em meio à pandemia, chamado de Menu Partilha.
Veja a lista dos locais anunciaram o fechamento em decorrência da pandemia:
Uma publicação compartilhada por Felipe Rameh
(@felipeeep) em 12 de Jul, 2020 às 10:13 PDT
Tasca do Miguel
Tasca do Miguel, restaurante de cozinha portuguesa e especializado em frutos do mar, anunciou o fechamento das atividades por tempo indeterminado. Pelas redes sociais, a casa anunciou que em dezembro terá novidade.
O Armazém Parmeggiano, localizado no bairro Cruzeiro, especializado em bife a parmegiana de boi, avestruz, porco, frango, peixe e berinjela, também usou as redes sociais para anunciar o fechamento logo no início da pandemia, em março.
Uma publicação compartilhada por Armazem Parmeggiano
(@armazemparmeggiano) em 20 de Mar, 2020 às 4:21 PDT
MeetMe
O MeetMe at The Yard, que estava localizado no bairro de Lourdes, na região Centro-Sul de BH, anunciou o encerramento das atividades no dia 14 de agosto
. Porém, ao contrário de várias outras casas que fecharam suas portas desde março, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) apenas acelerou o processo, uma vez que o recinto teria de despedir-se do público no final do ano devido ao imóvel onde está localizado ter sido vendido para uma construtora em dezembro passado.