Após elogiada temporada de estreia, 'Mindhunter' volta à Netflix

Segunda parte da série de David Fincher mantém suspense e traz serial killers como Charles Manson e BTK

iG Minas Gerais | Etienne Jacintho |

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Após uma elogiada primeira temporada, “Mindhunter” retorna ao cardápio da Netflix com novos relatos assustadores, baseados em entrevistas reais com assassinos em série como Ed Kemper e Charles Manson – este interpretado por Damon Herriman, que também vive o assassino no filme “Era uma Vez em... Hollywood”, de Quentin Tarantino. 

Enquanto tentam criar um manual para classificar esses criminosos reincidentes, os agentes Bill Tench (Holt McCallany) e Holden Ford (Jonathan Groff) tentam ajudar a polícia a encontrar assassinos, um deles o serial killer Dennis Rader, conhecido como BTK, que matou dez pessoas entre 1974 e 1991 e foi preso em 2005. 

Ambientada nos anos 70, “Mindhunter” é parada obrigatória para os fãs de séries e filmes policiais e de investigação, que podem até já conhecer alguns pontos do “Manual de Classificação de Crimes”, do FBI, cujos conceitos já ajudaram muitos agentes da ficção a solucionar crimes baseados em análises comportamentais.

Até Gil Grissom (William Petersen), de “CSI”, já recitou partes da obra, cuja construção é o mote de “Mindhunter”. Esta segunda temporada começa com o ataque de pânico do agente Holden Ford após um encontro com o serial killer Ed Kemper, que lhe dá um abraço intimidador. No FBI, por mais que a situação pareça ter melhorado, uma mudança de chefia também chega para abalar Ford. 

Por que assistir à série?

Mais do que um programa de investigação, “Mindhunter” é uma atração de superação. Ao bancar seus ideais, os investigadores, amparados pela pesquisadora acadêmica Wendy Carr (Anna Torv), precisam remar contra a maré para fazerem com que seus métodos de investigação sejam aceitos. Mais do que isso, eles precisam provar que a investigação de um crime não termina com a captura do criminoso. 

Para a equipe que dá início à Unidade de Ciências e Análises Comportamentais do FBI, conhecer as motivações dos assassinos é essencial para a solução e até prevenção de crimes futuros. 

A série é baseada no livro do agente aposentado John E. Douglas, coautor do tal manual. Assim, muito do que se vê na tela é real, em especial as falas dos assassinos seriais. Os atores também estão perfeitos em seus papéis, com Groff indicado às principais premiações americanas.  A direção é de David Fincher, de “Zodíaco”, filme sobre o serial killer que assustou os EUA nos anos 1960/70. 

‘Criminal Minds’ aplica os conceitos de ‘Mindhunter’

Sucesso de crítica e de público, “Criminal Minds” (AXN e Netflix) estreou em 2005 e causou pesadelos em muitos espectadores. Sombria, a série consegue criar suspense com boas histórias que tratam de um assunto aterrorizante, a mente de autores de crimes hediondos. A atração mostra o cotidiano de uma equipe da Unidade de Análise Comportamental do FBI, departamento cujo surgimento, nos anos 70, pode ser visto em “Mindhunter”.

A cada episódio de “Criminal Minds”, a equipe liderada hoje por Emily Prentiss (Paget Brewster) auxilia a polícia na captura, principalmente, de assassinos em série, traçando um perfil não só do criminoso, mas também de suas vítimas e seu raio de atuação, em todo o território norte-americano. 

“Criminal Minds”, uma das séries mais duradouras de toda a história, teve seu final anunciado para 2019/2020, em sua 15ª temporada. A CBS está produzindo uma temporada mais curta, com dez episódios, para concluir a atração que tem Joe Mantegna no elenco, com Matthew Gray Gubler, AJ Cook e Kirsten Vangsness, os únicos que estão na série desde o primeiro episódio.