Grupo Bamaq cresce com a Porsche Center Belo Horizonte
Empresa mineira de venda de máquinas, carros, caminhões, consórcio e seguros diversifica ativos; investimento foi de R$ 10 milhões na concessionária da marca de luxo
O ano de 2018 foi muito positivo para o Grupo Bamaq, não só pela conquista da nova operação da Porsche em Belo Horizonte, mas por ter sido um ano de melhores expectativas em relação à retomada de investimentos. “Hoje temos clareza de que a vida do empresário vai ficar mais fácil para ele focar o negócio dele, a geração de empregos e fazer as coisas acontecerem. Estou bem mais confiante para este ano”, atesta Clemente Faria Junior, 31, diretor geral do grupo mineiro com sede em Contagem. Há 44 anos no mercado, faturamento de R$ 650 milhões em 2018, cerca de 700 funcionários e presença em 12 Estados brasileiros, a Bamaq – formada por empresas que atuam nos segmentos de distribuição e locação de máquinas CNH, veículos de passeio Mercedes-Benz e Fiat, caminhões Iveco, consórcio, seguros, imobiliário e investimentos – aplicou R$ 10 milhões na abertura da Porsche Center Belo Horizonte em dezembro do ano passado. “Eu que venho de uma família com envolvimento com automobilismo desde o meu pai (Clemente Faria Neto), a marca Porsche é um sinônimo de velocidade, então pra gente é um prazer grande participar disso. Para quem gosta de automobilismo, de velocidade, aqui não é trabalho, aqui é prazer de vir, ver os carros, acompanhar as novidades”, explica. Depois de sair vencedor de uma disputa com os maiores grupos do país, Clemente conta que a receptividade tem sido muito positiva. “Abrimos a loja com os três primeiros meses do que tínhamos planejado de venda já realizados. Isso é o sonho de qualquer pessoa que vai abrir um negócio”, diz. O fato acontece, principamente, pela demanda reprimida de muitos clientes em BH que não tinham um carro da marca Porsche porque não existia um pós-venda. “Hoje contamos com toda a estrutura. O que tem aqui no Porsche Center Belo Horizonte é a mesma coisa que vai encontrar num Porsche Center em Munique, em Stuttgart, na sede da Porsche”, destaca. Se o crescimento do negócio de máquinas no grupo depende de investimentos em infraestrutura, e Clemente acredita que em algum momento isso terá que acontecer se o Brasil quiser se tornar um país competitivo, o executivo diz que o grupo terá um crescimento uniforme neste ano. Para 2019, Clemente acorda e dorme com uma meta que ele considera audaciosa em faturamento, que é a cifra de R$ 1 bilhão. “Sei que é um desafio muito grande, mas eu acredito nele porque estamos trabalhando muito, abrindo novas frentes, outras operações que vão acontecer em 2019, e, se tudo der certo e o país ajudar, vamos chegar lá”, acredita. Seleção da Bamaq - O diretor de vendas da Porsche no Brasil, Werner Schaal, conta que o processo seletivo durou de seis a oito meses e que empresas do Brasil inteiro participaram. - “O Grupo Bamaq tem experiência, credibilidade e tradição no mercado mineiro. Para nós, é muito importante ter parceiros que não só possuam a capacidade financeira, mas que tragam essa tradição, esse respeito, essa cultura, esse vínculo regional com Minas e BH”, diz. Modelos da Porsche partem de R$ 329 mil até R$ 2,2 milhões A operação em Belo Horizonte da décima concessionária da Porsche no Brasil foi desenhada para vender entre 150 e 180 carros no ano. Mas Marcelo Rohlfs, gerente geral da Porsche Center Belo Horizonte, acredita que, se tomar por base as 20 unidades comercializadas na pré-venda, antes da abertura da loja, o volume pode ser bem superior ao planejado. O produto Porsche parte de R$ 329 mil para a SUV Macan e o esportivo 718 Cayman e vai subindo até chegar aos R$ 2,2 milhões, que é o GT2 RS que nasce no final da geração da 911. “A Porsche se diferencia de todo o mercado, desde o carro mais simples se consegue configurar, desde a cor do pesponto do banco ao tipo de acabamento no painel. É uma imensidão. Não existe nenhum Porsche igual ao outro”, define Rohlfs. Num portfólio de quatro famílias, sendo que o número de modelos e versões é muito alto, principalmente na linha 911, que é o carro mais icônico da marca, Rohlfs conta que já foram vendidos desde Macan, Boxster e Cayman até unidades do tão exclusivo GT2 RS. Quem é o cliente que compra um Porsche em BH? Rohlfs responde que quando se fala de uma marca onde o tíquete médio do portfólio é em torno de R$ 480 mil a R$ 500 mil, tem desde o empresário bem-sucedido de 30 a 35 anos até a pessoa de 60 a 70 anos. “O dinheiro tem mudado de mãos. Tem desde empresários do setor alimentício, mineração, comércio, agricultura”, enumera.