Auxiliar da seleção atenta ao poder do psicológico nas Olimpíadas
Braço direito de Zé Roberto, Paulo Coco acredita que detalhes podem fazer a diferença na busca pela terceira medalha de ouro seguida na modalidade
Ele vivenciou a conquista das medalhas de ouro da seleção feminina de vôlei nos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, e 2012, em Londres. Peça-chave na comissão técnica de José Roberto Guimarães, o auxiliar Paulo Coco acredita que a equipe verde-amarela tem tudo para alcançar o lugar mais alto do pódio, desta vez no Rio de Janeiro, no ano que vem.
Mas para voltar a atingir a glória máxima, o atual técnico do Camponesa-Minas e auxiliar da seleção prega a política dos pés no chão, e ressalta a importância de trabalhar bastante o psicológico das jogadoras na busca pelo terceiro título seguido da modalidade em Olimpíadas.
“A preocupação é muito grande pela pressão embutida por jogar em casa. A gente vem trabalhando muito isso, trabalhar para que a pressão seja usada a nosso favor, e não contra. Tivemos como exemplo a Copa do Mundo de futebol, que nos serviu de alerta. É importantíssimo saber jogar com a torcida a nosso favor, jogar em casa e jogar com certo favoritismo, por ter conquistado as duas ultimas Olimpíadas”, relatou Paulo.
A preocupação do auxiliar se deve ao fato de que há várias seleções em condições de alcançar a medalha. Por isso, qualquer detalhe pode fazer diferença.
“A gente sabe que a dificuldade é muito grande. No feminino, há seis ou oito seleções em condições de estar no pódio de qualquer competição. Temos de trabalhar muito para nos mantermos lá em cima. A gente sabe que estamos vindo de uma regularidade, mas que também podemos perder para as outras seleções. Ou seja, é trabalhar no 'fio do bigode', nos detalhes para brigar de igual para igual”, disse.