Impasse ente PRG e PF paralisa parte da operação Lava Jato
Ministro Teori Zavascki, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), paralisou diligências a pedidos da procuradoria, negando assim solicitação da polícia de prorrogar prazo das investigações
Um impasse entre a Procuradoria Geral da República (PGR) e a Polícia Federal (PF), sobre a competência que cabe a cada órgão na investigação de políticos envolvidos no esquema de corrupção, paralisou parte da operação Lava Jato.
Nessa quarta-queira (15), o desentendimento ganhou novo rumo após o ministro Teori Zavascki, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), a suspender parte das diligências. A decisão foi tomada levando em conta o pedido da procuradoria. No entanto, o ministro negou a solicitação da PF, que havia pedido a prorrogação dos prazos.
Conforme o Ministério Público (MP), houve um problema na condução das investigações e agora será necessário frear o andamento antes de retomar as oitivas dos políticos.
Para a PGR, a Polícia Federal não está seguindo as orientações necessárias para a condução das diligências. O órgão afirma que um exemplo da falta de direção da PF é a ordem da tomada de depoimentos dos políticos. Ainda segundo o PGR, essa autonomia da polícia prejudica o andamento das investigações.
A PF ainda não se posicionou sobre o caso, mas se comprometeu em divulgar uma nota comentando sua posição.