Paulo Vilhena faz sucesso como Salvador

São Paulo. Foram poucas, até aqui, as aparições de Paulo Vilhena em “Império” (Globo) – apenas 11 cenas em 43 capítulos. Mas, pela repercussão positiva de sua atuação como o esquizofrênico Salvador, a tendência é que Aguinaldo Silva aumente a participação dele na trama.

O autor já elogiou publicamente o intérprete, que agora agradece e comemora o sucesso que tem feito com o público. “Achei surpreendente, pois os elogios nas redes sociais apareceram logo que as primeiras cenas foram ao ar”, conta, referindo-se à repercussão na internet. “Estou adorando. É um personagem com atrativos diferenciados”.

Preso por ter matado a namorada a facadas, durante um surto, o pintor esquizofrênico que o ator interpreta tem um passado nebuloso e trejeitos associados à doença – que promove a fuga da realidade. “Li muito sobre o assunto e cheguei a passar horas em um hospital psiquiátrico já incorporando o Salvador. Fui muito bem recebido pelos pacientes”,conta Vilhena.

Ele afirma que a experiência o ajudou a compor o personagem. “O convívio com eles me permitiu apreender algumas características que são reais”."

O ator ressalta, porém, que há uma abertura à criação. “Claro que o comprometimento com a realidade é delicado. O que fazemos é como uma licença poética. Salvador tem uma linguagem lúdica. Tem uma coisa surrealista”, avalia.

Para dar vida ao pintor Salvador, Paulo Vilhena estuda os movimentos comuns a um artista plástico, além de questões relacionadas à esquizofrenia.

Ainda assim, ele confessa não ter desenvolvido habilidades suficientes para fazer seus próprios quadros ou desenhos. “Em casa eu brinco com giz e lápis de cor, mas é apenas como um exercício de libertação”, esclarece. “Não é nada que dê para expor para alguém que não seja da família”, ri.