Piscininha: confira tendências e cuidados

Azul e verde não são mais as únicas possibilidades de coloração; saiba também que providências tomar ao realizar um projeto desse tipo em sua casa

iG Minas Gerais | Jessica Almeida |

A piscina no resort The Library, na Tailândia, obtém essa cor a partir de uma base de mosaico de vidro em laranja, amarelo e vermelho
The Library/Divulgação
A piscina no resort The Library, na Tailândia, obtém essa cor a partir de uma base de mosaico de vidro em laranja, amarelo e vermelho

Foi-se o tempo em que a cor de uma piscina se restringia aos vários tons de azul ou, no máximo, de verde. Uma das principais tendências para esse tipo de projeto atualmente é o uso de outras cores, como explica a arquiteta Gislene Lopes. “Hoje, o diferencial é piscina com cor. Diferente do óbvio. Tem aparecido muito a cor preta. Também é possível mesclar pastilhas de várias cores”, diz.

Também arquiteta, Flávia Roscoe acrescenta que as possibilidades de cor são inúmeras. “Praticamente toda a cartela de cores disponível, o mercado oferece. Até mesmo vermelha”, ressalta, acrescentando que, quanto mais escura for a piscina, mais ela reterá o calor. 

Outra tendência bastante observada é a da borda infinita, que cria uma ilusão de ótica e é comumente vista em produções hollywoodianas – apresenta-se como uma das favoritas. 

Primeiras providências. Uma série de fatores precisa ser considerada num projeto como esse, tais como as condições do terreno, a arquitetura da construção, o posicionamento e o visual desejado. “A piscina deve ser construída de acordo com o modo como o sol se comporta no terreno. O local onde o sol fica a maior parte do dia é o ideal. Quanto ao formato, é a arquitetura que vai ditar isso. Todas as piscinas seguem o estilo arquitetônico da casa”, afirma.

Há uma grande variedade de materiais possíveis para serem utilizados na construção. “O mais usado nos meus projetos é a cerâmica, que deve ser própria para piscinas. Tem também a pedra hyjal, que é esverdeada e dá um efeito bacana. Outro recurso são as pastilhas, que precisam ficar bem assentadas para não se soltarem. Além disso, piscinas em mármore branco ficam bem bonitas”, afirma a arquiteta.

Luz própria. Um diferencial para o visual e para a funcionalidade das piscinas é a iluminação. Além de valorizar o formato e o jardim à sua volta, possibilita seu uso à noite e torna visível o revestimento. No entanto, não é algo simples de se fazer, como observa Flávia. “É preciso contratar uma empresa especializada nesse tipo de projeto luminotécnico. Isso porque o risco de choque ou de furar a impermeabilização da piscina é grande. O projeto luminotécnico e o da piscina devem ser feitos juntos”, adverte.

Acessórios incrementam e ajudam na diversão, principalmente das crianças. Fontes, cascatas, spa com assentos, prainhas, deck e cama suspensa são algumas das opções. O uso de elementos do entorno, como árvores ou rochas, também valoriza o projeto. 

Além de ser um espaço para a diversão, a piscina muitas vezes é incorporada como ambiente para a prática de atividade física. Não é preciso que se assemelhe ou tenha dimensões de uma piscina olímpica para que funcione dessa forma, basta que tenha uma raia e profundidade suficiente – cerca de 1,40 m.

Materiais e suas características

Alvenaria. Podem ser projetadas em qualquer tamanho, formato e profundidade. Aceitam diversos tipos de acabamento (azulejos, pedras, pastilhas). A desvantagem desse material é que é muito vulnerável a vazamentos, devido a pequenas fissuras no concreto. São caras e também têm tempo de construção mais longo. 

Vidro. Em termos de design, são sofisticadas e extremamente elegantes. Sua principal vantagem é o valor decorativo. É dos tipos mais caros do mercado. O projeto precisa seguir minuciosamente os termos de segurança, e o local de instalação deve estar preparado para a chegada do vidro, com quadros de aço inox totalmente nivelados e planos.

Cuidados antes e após a construção

Manter uma piscina em casa requer um grande investimento, já que as despesas serão altas. Antes de construir, é preciso também ficar atento a algumas medidas que garantam a segurança de quem for usufruir do espaço. A arquiteta Gislene Lopes alerta que, nesse aspecto, não tem como economizar, uma vez que é preciso contratar uma empresa com experiência de mercado e prática em executar esse tipo de projeto. “O ralo de fundo da piscina é um grande causador de acidentes, e é importante contar com uma equipe especializada para desenvolver um sistema seguro que não ofereça riscos para ninguém” diz.

Além de evitar quinas e apostar nas bordas arredondadas, “a área no entorno da piscina também precisa receber um revestimento com piso que seja antiderrapante”, recomenda ela. 

Já a arquiteta Flávia Roscoe alerta para o risco de afogamento e fala sobre os recursos disponíveis no mercado, como as coberturas automatizadas para as piscinas, que previnem possíveis perigos. “Elas podem ser acessadas quando não estão sendo utilizadas e evitam esse tipo de tragédia”, afirma. (Lorena K. Martins)

Plantas no entorno agregam 

O paisagismo do entorno da piscina também é uma questão importante. “Para cada tipo de situação (cerca viva para dar mais privacidade, muro verde para humanizar o espaço) existe uma planta específica. Além disso, temos que ver se o espaço recebe muita luz do sol ou não. Então, são vários detalhes que vão influenciar nessa escolha”, explica a arquiteta Flávia Roscoe.

Embora cada caso seja um caso, na hora de pensar nas plantas para o projeto paisagístico, algumas fazem mais sentido do que outras. Bromélias, dracenas, podocarpos, azaleias, heliônia, pata-de-elefante, eugênia e estrelítzia são algumas das espécies que funcionam bem nesse tipo de espaço. 

Mais do que escolher a planta certa, é preciso estar ciente de quais são as erradas: é importante evitar aquelas que tenham espinhos e folhas cortantes, que podem provocar acidentes aos usuários do espaço.