Insatisfação trava definição de nomes
Brasília. A presidente Dilma Rousseff ainda enfrenta dificuldades para acertar com os partidos aliados a composição da equipe ministerial do segundo mandato. A petista ainda não encontrou solução para demandas apresentadas pelo PR e pelo PDT, além das insatisfações do seu próprio partido, o PT.
O PR quer ampliar seu poder na área de transportes. Além de indicar o vereador paulistano Antônio Carlos Rodrigues como novo ministro, o partido quer liberdade para nomear as pessoas que irão administrar empresas e órgãos ligados ao ministério.
Entre eles, estão o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável por obras em rodovias federais, e a Valec, estatal responsável pela construção da Ferrovia Norte-Sul.
De acordo com integrantes do partido, o Palácio do Planalto resiste à ideia. Dilma mantém o ministério sob controle do PR desde o início de seu mandato, mas esvaziou seu poder em 2011, quando demitiu vários funcionários ligados ao partido e acusados de praticar irregularidades nas obras do Dnit e da Valec.
O PR sugeriu a Dilma o nome de Antônio Carlos Rodrigues, que deve ser confirmado. Mas a presidente indicou que preferia manter o atual ministro, Paulo Sérgio Passos, no comando.
Compromisso
Leal. Embora seja filiado ao PR, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, é considerado no partido um burocrata leal a Dilma Rousseff e sem compromisso partidário.