Previdência dos afetados pela Lei 100 é alterada
Desde abril, pedidos de benefícios são feitos pelo INSS
Em reunião entre a secretaria de Estado da Educação (SEE), a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) e entidades sindicais e associações de representação da educação básica de Minas Gerais, o governo do Estado anunciou, nesta quarta, medidas relativas à situação dos servidores atingidos pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito da Lei 100 (2007), julgada inconstitucional em março deste ano.
De acordo com anúncio do governo, desde o dia 1º de Abril, pedidos de afastamento do trabalho, auxílio-doença, aposentadoria e pensões destinadas aos servidores atingidos pela decisão do STF passam a ser geridos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Os servidores que não preenchem os pré-requisitos para aposentadoria ou que não foram aprovados em concurso estão segurados pelo INSS, e não mais pelo regime próprio de previdência do Estado.
O governo do Estado afirma ainda que repassou ao INSS R$ 40 milhões ao mês desde que o STF anunciou sua decisão. Contudo, reportagem de O TEMPO publicada neste mês revela que muitos servidores atingidos pela Lei 100 reclamam que não têm conseguido marcar a perícia médica no INSS para, por exemplo, pedir licença maternidade.
A situação é reconhecida pelo governo, que entrou, na semana passada, com uma ação contra o INSS para garantir o atendimento dos trabalhadores.
O governo alegou, ainda, que vai abrir concursos públicos neste ano para preencher as vagas que serão abertas na Secretaria de Educação, na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e na universidade de Montes Claros, além das Fundações Helena Antipoff e Clóvis Salgado.