Após reunião dos Brics, Brasil e China assinam 32 acordos
Venda de 60 aviões da Embraer faz parte da parceria fechada
Cúpula
Brics. Xi Jinping participou nesta semana da VI Cúpula do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que teve reuniões em Fortaleza e também em Brasília.
BRASÍLIA. Os governos de Brasil e China assinaram nesta quinta-feira (17), em cerimônia no Palácio do Planalto, 32 atos de cooperação em diversas áreas, como infraestrutura, mineração, comércio, ciência e tecnologia, defesa, energia, educação, além de aviação civil.
Um dos acordos prevê a venda de 60 aviões da Embraer para as empresas chinesas Tianjin Airlines e ICBC Leasing. Outro disponibilizou crédito de US$ 5 bilhões válidos por três anos do banco chinês Eximbank para a mineradora Vale. Os acordos também preveem a facilitação de vistos de negócios para estrangeiros (três anos de validade, 90 dias de prazo de estadia e 90 dias de prorrogação desse prazo) e colaboração em projetos ferroviários, entre outros.
Os atos foram assinados após reunião entre o presidente chinês, Xi Jinping, e a presidente Dilma Rousseff. Mais cedo, Jinping foi recebido no palácio com honras de chefe de Estado. Ele subiu a rampa ao lado de Dilma Rousseff.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil. Segundo o Itamaraty, o país asiático é o principal destino das exportações brasileiras e, em 2013, o comércio entre os dois países foi superior a US$ 83 bilhões.
“O balanço não poderia ser mais positivo, e o futuro não poderia ser mais promissor. Nossas relações, que configuram uma parceria verdadeiramente estratégica, desenvolvem-se com velocidade inédita em diversas áreas de cooperação”, disse Dilma após a assinatura dos atos. Xi Jinping também destacou, em discurso de brinde, a relação de “confiança” e “amizade” com o Brasil.
Carne. Entre outra medida tomada pelo governo chinês está a suspensão do embargo à carne bovina do Brasil – medida que foi estabelecida em 2012, após um caso atípico de doença da vaca louca no Paraná. No ano em que foi imposto o embargo, o Brasil exportou US$ 37,768 milhões em carne para a China.